Ser eu, dói...

quarta-feira, agosto 25

Estou só, vivo só, minha cabeça trabalha sozinha, meu coração pede companhia, vivo há milhares de km de distancia daquilo que um dia foi meu, a saudade me atormenta, não tenho amigos, a família é ausente, os amigos se foram, nada me resta, a não ser vícios e um desejo constante de ter muitas coisas, para preencher o vazio que habita em mim, sinto falta de um ouvido para me ouvir sem criticas, sem dedos me acusando.

Nada mais é como antes, tudo é pesado demais, uma frase dita de forma errada estraga todo um dia, toda uma convivência, não dá pra continuar, o fardo é pesado demais, as lágrimas que antes eram de um sofrimento vazio, agora são insuportavelmente dolorosas, chorar em silêncio é um pesadelo, o silêncio assusta, não foi este sonho que sonhei, não era assim que desejava que fosse, mas quem tem a vida perfeita?

Existe alguma forma de ser feliz sem sofrer, ou pelo menos de descobrir que se é feliz? Há um tempo não consigo distinguir, será bom, será ruim, pq o ser humano não foi acostumado a viver com seus medos e aflições de forma harmoniosa para depois poder saborear daquilo que mais dá prazer?

Sinto falta da convivência com outras pessoas, de um ambiente acolhedor, onde a preocupação em não citar nomes não exista, onde a unidade predomine como um todo e não o contrário, me pergunto, será que eu voltaria no tempo, caso houvesse como? E esta pergunta gera mais e mais perguntas: Isso é felicidade? O que me faz feliz? Isto vale a pena? Será passageiro? É fase? Ou má fase? Aonde posso me esconder e fugir de tudo? Posso sair de mim uns dias? Ou posso simplesmente demonstrar que sou fraca, que choro, que sofro e que sinto falta de coisas? Mas para quem seria este desabafo? Quem são meus amigos? Onde está todo mundo? Pq só escuto o som das teclas e minha respiração presa para não incomodar quem está ao lado? Quem está ao meu lado? Pq é tão difícil viver longe do que fui? Será que ainda sou aquilo que pensava ser? Quando vai acabar as perguntas?

Dói ser só, dói ter um olhar estrangeiro sobre o que me cerca…

Dói ser eu e apenas EU!

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